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Calendários Pérpetuos



O Menor Calendário Perpétuo do Mundo!

Calendários de bolso, anunciados como perpétuos, eu conheço muitos, há pelo menos 50 anos. Nenhum é perpétuo. O primeiro que eu conheci abrangia apenas 28 anos. Depois conheci outros que abrangiam 40, 50 e 100 anos. Ainda hoje eles são ofertados pelo mundo. No ano de 1994 fiz-me o desafio de criar um calendário de bolso efetivamente perpétuo. No começo de 1995 eu já havia chegado à solução. No mesmo ano (3/2/1995) obtive o registro do invento no INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sob número PI 9500471-8. No ano seguinte divulguei o invento na Internet, nesta página que mantenho até hoje. O grande diferencial, que o faz inédito no mundo, é que este calendário combina milhar/centena do ano desejado com dezena/unidade, permitindo qualquer composição de data, de 1º de janeiro de 0001 a 31 de dezembro de 9999 e, por extensão, até o infinito, pois a cada 4 séculos tudo se repete. Ou seja, o milhar/centena 20, por exemplo, vale para 24, 28, 32 e daí até o infinito.

Conheça, portanto, o menor (e único) calendário perpétuo de bolso no mundo, que abrange qualquer data da era cristã, do ano 1 ao infinito, indo à página do desenho. Imprima-a, recorte e siga as instruções de montagem e de uso.



Exemplo prático: Em que dia da semana foi jogada a bomba atômica sobre Hiroshima?

Data: 6 de agosto de 1945 (milhar/centena=19 dezena/unidade=45)

Gire o disco do meio, posicionando o arco (A) sob o segmento que contém o milhar/centena 19 (B) no disco de fora. Não mexa mais nesses dois discos.

Gire o disco de dentro, posicionando o mês de AGO (C) sob o segmento que contém a dezena/unidade 45 (D) no disco do meio.

Localize na parte mais externa do disco de fora o dia 6 (E) e veja que ele está sobre o dia da semana SEG (F). Segunda-feira, portanto.

O milhar/centena 15J é usado até 4/10/1582 (último dia do Calendário Juliano) e o milhar/centena 15G a partir de 15/10/1582 (primeiro dia do Calendário Gregoriano).
Combine ANO bissexto com mês JAN ou FEV envolvidos por um retângulo, sabendo-se que são bissextos os anos divisíveis por 4, excetuados, a partir do calendário gregoriano, os que, terminados em 00, não sejam divisíveis por 400, tais como 1700, 1800, 1900, 2100 e 2200.
Observe, por último, que ABR, JUN, SET e NOV têm só 30 dias e que FEV só tem 28 ou 29 dias. E que o artefato vai além dos limites impressos; o calendário 19XX vale para 23XX, 27XX, 31XX etc. e assim também 20XX vale para 24XX, 28XX etc. etc. pois a cada 4 séculos tudo se repete.

Nos países em que a transição entre o calendário juliano e o calendário gregoriano foi em data diferente (caso da Grã-Bretanha, que estabeleceu o salto de 2/9/1752 para 14/9/1752), o calendário de bolso também pode ser usado. No exemplo da Grã-Bretanha, considere o milhar/centena 16J e o milhar/centena 17J (até 2/9/1752) como se estivessem no segmento "02 09 18 22" e "03 10" respectivamente (enquanto o calendário gregoriano tem um ciclo de 4 séculos, o calendário juliano tem um ciclo de 7 séculos). Você confirmará que 2/9/1752 (calendário juliano) foi uma quarta-feira e que 14/9/1752 (calendário gregoriano) foi uma quinta-feira.

A título de curiosidade, veja outros modelos experimentais de calendários perpétuos de bolso, que vimos desenvolvendo a partir de 1995.

Um pouco de História...
O Calendário Juliano, instituído em 46 a.C., à época do imperador romano Júlio César, considerou o ano trópico de 365 dias e 1/4 e estabeleceu 3 anos de 365 e 1 de 366 dias, a cada quatriênio. Para perfazer esses 365 ou 366 dias, seis meses alternados teriam 31 dias (março, maio, julho, setembro, novembro e janeiro) e os outros teriam 30 dias (abril, junho, "sextilis", outubro e dezembro), à exceção de fevereiro, na época o último mês do ano, para o qual só restaram 29 dias (e 30 dias nos anos bissextos, os anos de 366 dias).

Mas em 8 a.C. o oitavo mês ("sextilis") teve o nome mudado para agosto, em homenagem ao então imperador César Augusto e, como o mês de julho (em homenagem a Júlio César) tinha 31 dias, resolveu-se igualar o número de dias de agosto, subtraindo 1 dia de fevereiro, que ficou com 28 ou 29 dias, e se alterou a seqüência dos meses de 31 dias (outubro e dezembro teriam 31 dias, no lugar de setembro e novembro).

O mês de março - mês do auge da primavera no hemisfério norte - era efetivamente o primeiro mês do ano. Observe, a esse propósito, que SETEmbro era o sétimo mês. Só mais tarde o mês de janeiro - mês do início do mandato dos cônsules romanos - passou a ser o primeiro e não o décimo-primeiro mês do ano.

Isso definiu as atuais regras dos meses com 31 dias (janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro), com 30 dias (abril, junho, setembro e novembro) e com 28 ou 29 dias (fevereiro).

O nome dos meses
A origem do nome moderno dos meses? Janeiro, homenagem a Janus, deus de duas caras. Fevereiro, homenagem a Februa, deusa das purificações e dos sacrifícios. Março, homenagem a Marte, deus da guerra. Abril, de origem contraditória, sobressaindo a referência ao "abrir" (germinar) das sementes. Maio, também de origem polêmica, ora associado à magistratura, ora associado à deusa Maia. Junho, associado a Junius, antigo mês consagrado aos jovens. Julho, homenagem a Júlio César. Agosto, homenagem a César Augusto. Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro, respectivamente sétimo, oitavo, nono e décimo mês nos calendários antigos.

Um parêntese: Diferentemente da crença popular, o nome "bissexto" não teve origem no fato de anos bissextos contarem 366 dias. A explicação correta é que o dia complementar seria colocado entre o sétimo e o sexto dia anteriores às "calendas de março" (isto é, entre 23 e 24 de fevereiro - mês que na época tinha 29 dias, normalmente), o que fez denominá-lo "bissexto calendas" (em outras palavras, dois "sextos dias" antes de março).

O Calendário Juliano acabou teoricamente em 4 de outubro de 1582 e o Calendário Gregoriano iniciou em 15 de outubro de 1582, à época do Papa Gregório XIII, "apagando" da história os 10 dias intermediários, de 5 a 14 de outubro de 1582.

Anos bissextos
Enquanto que, no Calendário Juliano, foram bissextos todos os anos divisíveis por 4, no Calendário Gregoriano, para maior precisão astronômica, passariam a ser bissextos os anos divisíveis por 4, exceto os que, terminados em 00, não fossem divisíveis por 400. Vale dizer, seriam bissextos os anos de 1584, 1588... 1600, 2000, 2400 etc. mas não os de 1700, 1800, 1900, 2100 etc.. Isso porque, descobriu-se, o ano trópico não tem exatamente 365 dias e 1/4.

Uma ressalva: Registros históricos dão conta de que o ano 4 da nossa era não foi bissexto. Teria havido um erro de interpretação, que fez contarem os anos bissextos de três em três, durante os primeiros anos de vigência do Calendário Juliano. Para corrigir isso, o imperador César Augusto teria determinado um lapso, entre 8 a.C. e 8 d.C., em que os anos múltiplos de quatro não seriam bissextos.

Ano trópico
Mas o que é ano trópico? Cabe lembrar aqui a origem disso: Muito antes do calendário atual os sábios já haviam percebido que, na sua oscilação entre o trópico de Câncer e o de Capricórnio, o sol está, periodicamente, "em cima" da linha do equador, ocasião em que o dia e a noite têm o mesmo tempo de duração, o chamado "equinócio". Verificou-se que isso tinha relação direta com as "estações" e ocorria no auge da primavera e no auge do outono. Usou-se, então, o tempo decorrido entre dois equinócios de primavera no hemisfério norte (março) para definir o ano. Eram aqueles 365 dias e 1/4 do tempo de Júlio César, número surpreendentemente preciso para a época.

Mas, no tempo do Papa Gregório XIII, já se sabia que o número era outro. Hoje ele está definido como 365,24219271 (em vez dos antigos 365,25) e diminui à razão de 0,005369 segundo por ano. Por isso o Calendário Gregoriano substituiu o Calendário Juliano, fazendo o mencionado acerto dos 10 dias e estabelecendo as mencionadas correções extraordinárias a cada 100 anos. Isso acertará as coisas ao menos até perto do ano 4000, quando a fração restante provocará novo erro de 1 dia, a ser corrigido. Especula-se fazê-lo definindo como não bissexto também o ano 4000 e seus múltiplos.

Os dias da semana
A origem da divisão do tempo em semanas perde-se no passado. O que se sabe é que os povos antigos se inspiraram na duração das fases da Lua para estabelecer o período semanal (sete dias, "septimana", semana). Mas os registros de datas, como conhecidos hoje, somente foram organizados a partir do Concílio de Nicéia, em 325 d.C., à época do Papa Silvestre I (sim, foi ele que inspirou o nome da Corrida de São Silvestre e, nas folhinhas, é ele o santo do dia 31 de dezembro), inclusive no que diz respeito ao dia de Natal e ao domingo de Páscoa. Qualquer registro histórico anterior a 325 d.C. tem, portanto, margem de erro, inclusive as importantes datas do nascimento e do martírio do Cristo.
Outra curiosidade é a associação dos dias da semana com os corpos celestes, como alguns povos ainda preservam em seu calendário, a saber:


Inglês Espanhol Italiano Francês

Domingo Sol Sunday Domingo Domenica Dimanche
Segunda Lua Monday Lunes Lunedi Lundi
Terça Marte Tuesday Martes Martedi Mardi
Quarta Mercúrio Wednesday Miércoles Mercoledi Mercredi
Quinta Júpiter Thursday Jueves Giovedi Jeudi
Sexta Vênus Friday Viernes Venerdi Vendredi
Sábado Saturno Saturday Sábado Sabato Samedi

O nome dos dias da semana
Na verdade, se dependesse do Papa Silvestre I, todos os povos teriam adotado a nomenclatura "domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira e sábado", a qual, todavia, só persistiu junto aos povos de língua portuguesa. Os outros povos preferiram manter as antigas denominações pagãs. Por que "segunda-feira, terça-feira etc"? Porque naquela época a Páscoa era comemorada durante toda a semana, vale dizer, eram sete feriados consecutivos ("feriae" no latim, traduzido para "feira" no português). O nome "sábado" seria preservado e o domingo, que levaria o nome de "primeira feira" depois do sábado, também teve o nome preservado, em homenagem ao Senhor ("dominus"). Só a partir da "segunda feira" depois do sábado prevaleceu a regra dos números ordinais – terça (terceira) feira, quarta feira, quinta feira e sexta feira depois do sábado.

Uma observação oportuna
O século XXI e o terceiro milênio somente começam em 1º de janeiro de 2001, e não no ano 2000. Isso porque não existiu ano zero. A primeira década foi de 1 a 10, a segunda de 11 a 20, o primeiro século de 1 a 100, o segundo de 101 a 200, o vigésimo de 1901 a 2000 e o vigésimo-primeiro será de 2001 a 2100. Assim como o primeiro milênio foi de 1 a 1000, o segundo de 1001 a 2000 e o terceiro será de 2001 a 3000.

Cultura inútil
Quantas sextas-feiras 13 nós teremos nos anos 2000 a 2099? Quantas vezes teremos de agüentar as reportagens sobre o "palpitante" acontecimento, nesse período? 172 vezes! Confira abaixo (constata-se que os meses são os mesmos, a cada 28 anos, no período examinado):


00 28 56 84 OUT
01 29 57 85 ABR-JUL
02 30 58 86 SET-DEZ
03 31 59 87 JUN
04 32 60 88 FEV-AGO
05 33 61 89 MAI
06 34 62 90 JAN-OUT
07 35 63 91 ABR-JUL
08 36 64 92 JUN
09 37 65 93 FEV-MAR-NOV
10 38 66 94 AGO
11 39 67 95 MAI
12 40 68 96 JAN-ABR-JUL
13 41 69 97 SET-DEZ
14 42 70 98 JUN
15 43 71 99 FEV-MAR-NOV
16 44 72 MAI
17 45 73 JAN-OUT
18 46 74 ABR-JUL
19 47 75 SET-DEZ
20 48 76 MAR-NOV
21 49 77 AGO
22 50 78 MAI
23 51 79 JAN-OUT
24 52 80 SET-DEZ
25 53 81 JUN
26 54 82 FEV-MAR-NOV
27 55 83 AGO


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